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26 de julho de 2013

Rima fúnebre



O que se diz, o que se compreende
O que não transmito, o que não se entende
Palavras perdidas,
Solidão não dividida,
Toques desperdiçados,
Lembranças quebradas e seus cacos.
Pedaços de vida,
Aleatoriamente espalhados,
Propositalmente recordados.

Como retirar aquilo que se recusa a sair,
Como não sentir aquilo que insiste em transbordar,
Como esquecer aquilo que se recusa apagar,
Como não sentir o amor,
Não o querer,
Não o sentir,
Sequer o conhecer?

Tento, não consigo...
Desisto.
O sentimento transborda, para o meu dissabor
 E em minhas poesias sempre, sempre
O amor faz rima fúnebre com a dor.