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24 de fevereiro de 2013

Às minhas princesas




Canto de um laço que nunca se quebrou
Canto a amizade,
Canto o amor.
E a poesia faz-se canção
Palavras, melodia do coração.

Duas princesas,
Filhas e mães da realeza,
Senhoras e vassalas da gentileza,
Detentoras da bondade e da beleza.
Rainhas desse admirador que as apresenta.

Somos velhos conhecidos.
Compartilhamos muitos momentos,
Fomos próximos da infância à contemporaneidade.
Velhos no amor que sentimos,
Jovens, ainda, na idade.

Canto àquelas que me encantaram,
Encantado estou por ser cativado.
Minhas princesas, eis aqui o Vosso Vassalo!
Cantar as vossas virtudes: eis o meu trabalho!

Somos do mundo da fantasia.
Artistas,
Sonhadores...
A realidade nem sempre nos aprecia,
Somos criativos:
A realidade a gente recria!

Somos amigos,
E eu o Vosso Propagador,
O Vosso Trovador.
 Somos poesia, fantasia.
Somos a prova viva
De que existe eterno amor!


23 de fevereiro de 2013

Corrida


Cresce, menino!
Voa pra longe do ninho
Faz do mundo penico
Despeja nele o medo.

Amadurece, semente!
Vira flor,
Vira fruto,
Deixa semente do seu ardor.

Caminha, garoto!
Vá em frente,
Nade contra a corrente,
Constrói um novo mundo com nova gente.

Pode chorar.
Pode cair.
Enxuga as lágrimas,
Levanta daí!
Só não pode parar,
Tem que sempre seguir, seguir.

Apressa o passo, rapaz!
O trem dá a partida
E no embalo da corrida
Te deixa pra trás.
Tem que correr!
Apressa o passo, rapaz!
O mundo é de quem faz
E é pequeno demais pra gente como você,
Destinado a vencer!


19 de fevereiro de 2013

Poesia Astral




Andando por aí, apaixonado, enamorado
Mas carente da presença do amante
Do lado
Vejo um moço conferindo o troco
E, ao perceber-se enganado, volta exaltado
“Meu troco certo agora, sem demora
Tenho hora marcada no dentista, preciso ir embora!”
O pipoqueiro, idoso, levanta os olhos
“Seu troco está certo, rapaz!
Já pode ir embora sem demora!”
O rapaz-moço fecha a cara e começa a gritar nervoso
“Quero o meu troco! Acha que eu sou bobo?
Cinqüenta reais menos dois é quarenta e oito!”
O idoso dá risada
“Mas, caro rapaz, a pipoca é dois e uns trocados
Não te dei o troco errado!”
“Não adianta querer me passar para trás
Quando cheguei disse que era dois reais!”
“Não, não disse! Tenho certeza absoluta!
Não vou te dar troco algum...”
“Velho idiota, além de caduco...
Vê-me logo o troco...”
E a briga se estende assim...
Ariano e taurino, teimosos, com eles a briga é sem fim...

Lembro do meu amado,
Onde será que anda? Será que está pensando em mim?
Uma moça, linda e bem arrumada,
Cumprimenta a todos provando ser também simpática
Senta no banco, abre um livro
E, sem perceber, inicia um reboliço
Garoto pra lá, garoto pra cá... E a garota, distraída,
Não vê que movimenta com sua beleza toda uma avenida!
Inteligente, simpática, arrumada e bonita...
Libriana, com certeza, essa menina!

Mas... Veja quem chega agora!
Roupa excêntrica, diferente
Cabelo cortado, todo arrumado...
Outro libriano?
Adora a atenção, rodeado de amigos
E como gosta de elogios!
Não, não. Só pode ser um leonino!

“Alô Ana?
Mariana? Alô? Quem fala?”
E o celular não para
“Aqui é a Susan,
Quem fala?”
E mais uma vez o celular toca:
“Alô? Ah, agora sim é você, Ana!”
Garota agitada e alegre. Sagitariana!

Já estou meio atordoado
Com tanto movimento
É, esse não era o momento de divagar sobre o meu amado...
E, agora, um moço... Pareceu-me tão ocupado
Celular, mala na mão e um terno bem colocado
Um empresário determinado, eu penso
Capricorniano doido por poder e dinheiro!

E ele para por uns segundos.
Parece-me um movimento tão planejado!
Não estava enganado... Momentos depois surge um carro
E dentro dele uma linda mulher
Vestido prateado, brincos dourados, batom vermelho
Nos lábios delicados
O moço dá as mãos para que ela desça
E a moça fica agradecida
Seu olhar tão feminino me indica:
Uma pisciana típica!

E desce e sobe as escadas uma criança apressada
E para, e lê o livro que está na varanda
E corre, e anda... Depois, para e de mim se aproxima:
“Olá moço!”
Pareceu-me tão simpática a criança
Mas tão apressada e tão cheia de faces
Geminiana, de fato!

E surge então, um garoto e brinca com a criança
E como é inteligente!
Monta barcos, casas de madeira e inventa diversas brincadeiras
Pareceu-me meio avançado e curioso
Um explorador aquariano?

Agora subo o morro
E encontro um moço novo
Lá pelos seus dezesseis, garanto que não passa de dezoito
Inteligente esse garoto
Mas de posições um pouco conservadoras
Conta-me um segredo: é escritor!
Mas há tempos que não publica obras
Diz o garoto que exige a perfeição em tudo que faz
E parece que nada que escreve quer ser perfeito uma vez mais
“Virginiano?” eu pergunto
“És astrólogo, cara astuto?”
E assim seguimos até certo ponto juntos

Ai, já me cansa essa rotina de movimento
Paro e descanso no banco por um momento
E meus olhos param por sobre a paisagem que agora passa
Um cara misterioso
Meu Deus, como é lindo! Maravilhoso!
E passa e seduz com seu olhar a me hipnotizar
Esqueço do meu amado...
Um carente canceriano
É presa fácil pra um sedutor escorpiano! 

15 de fevereiro de 2013

Amor carnal



Sinto sua falta...
Falta da sua voz,
De suas palavras,
Sua reconfortante presença
E do seu rosto.
Mas não vou mentir...
Sinto mais falta do seu corpo.

Você invade os meus sonhos,
Atrapalha os meus cálculos,
E me tira da rota.
A sua falta me sufoca,
Mas não vou mentir...
Tudo isso é pouco
Diante do desejo que sinto pelo teu corpo.

Minhas mãos ainda trazem o seu toque,
Minha boca ainda tem o gosto dos seus lábios,
Todo meu corpo ainda está marcado pelos seus rastros
E ele ainda é fiel, só a você responde.
Os meus instintos só o seu corpo reacende,
E só com ele o meu corpo aquece.
Sofro de um amor carnal
E não posso mentir...
Eu sou um animal,
Louco para novamente lhe possuir. 
11 de fevereiro de 2013

Ser




Escrevo para saber quem sou
Quem sou eu?
Quem eu sou?
Não sou o resultado de toda a dor,
Tampouco foi o mundo que me moldou.
Eu sou quem sou
Antes de chegar onde estou.

A minha essência não pode ser perdida
Mesmo que, quando potência, gere dúvida.
Quem sou eu?
Minha aparência não o diz,
Minhas ações não respondem
O meu eu interior o eu externo o esconde.

O que sou ainda está pra ser escrito,
É o que se repete a cada minuto
Pois quem eu sou é eterno.
O que sou é o que eu escrevo,
Circunscrevo, prescrevo.
Sou aquilo que descrevo e o que não revelo.
E, mesmo operante, quem eu sou é um mistério.

Não sou a forma,
E tampouco sou o conteúdo.
Quem eu sou não é preso
E nem prende nada que há nesse mundo.
As vicissitudes daqui não me alteram
E meus pecados não me definem.
Quem sou eu?
Algo que não se explica
Sou a pergunta sem resposta de qualquer enigma. 


4 de fevereiro de 2013

Eu não sou daqui


Eu não sou daqui
De outro planeta,
De outra galáxia, talvez.
Sou estrangeiro aqui
E, às vezes, tenho esses sentimentos.
Sinto-me diferente...

Eu não sou daqui,
Não sigo as regras deste lugar.
Ousei amar
E sentir.
Eu me feri e já feri
Não consegui me encaixar
Já chorei e já fiz chorar
Já sonhei e já fiz alguém sonhar.
Eu sou assim
Não sou daqui.

Às vezes tenho esses sentimentos
Quero voltar
Para o meu lar!
Onde todos os finais são felizes,
Onde o amor é verdadeiro.
Sou um estrangeiro nesse lugar,
 Um peregrino nesse lugar.

Eu não sou daqui
E, às vezes, eu tenho esses sentimentos
Fazer daqui um lugar melhor
Amar e levar amor
Fazer com que todos os finais sejam felizes
Se eu não sou sonhador, sou um forasteiro triste.
Eu sou assim,
Eu não sou daqui
E as pessoas me amavam do jeito que eu sou no lugar de onde eu vim...


2 de fevereiro de 2013

Presente - Por Matheus Silva


Este é um poema que recebi como presente no dia do meu aniversário e gostaria de compartilhar com vocês!



Guilherme Freire Montijo
Esse nome pra mim representa muito mais que um amigo
Representa um irmão
Alguém que nunca tirarei do meu coração.

Uma amizade profunda
E de tão grande chega a ser absurda
É algo sem explicação!
Quem pode dizer é só meu coração!

Quero que saiba que te quero bastante
Agora e a todo instante
Não como namorado
Mas como um amigo que quero sempre ao meu lado

Te amo Guilherme querido
Te espero sempre amigo
Peço a Deus que te abençoe
Que sempre te olhe

Espero que você tenha gostado de tudo que escrevi
Foi do fundo do coração que extrai
Obrigado por existir
E fazer de mim um Matheus mais feliz!

Créditos: Matheus Silva