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30 de junho de 2012

Vazio

Cada um preenche o seu vazio de uma forma.


28 de junho de 2012

Orgulho LGBT

Hoje, dia 28 de junho, é o Dia Mundial do Orgulho Gay (LGBT, falando politicamente correto). Um dia de comemorar as vitórias, mas também um dia para refletir sobre as lutas. Ser gay DEVERIA ser uma coisa encarada como uma coisa normal. O amor deveria ser encarado como uma coisa normal. Mas, infelizmente, não é assim. E isso é uma coisa que eu não entendo.

Sinceramente, não entendo como e porque as pessoas se incomodam tanto com a homossexualidade, bissexualidade e por aí vai. Sei que somos educados a gostarmos de pessoas do sexo oposto, mas isso por si só não explica o ódio de alguns. Eu não consigo entender como a união de duas pessoas que se amam podem acabar com "a instituição familiar". Eu não consigo entender porque uma pessoa não pode amar quem ela quiser. Sinceramente, o velho argumento de que os homofóbicos são homossexuais enrustidos é o mais lógico. O que mais poderia fazer com que uma pessoa fervilhasse de ódio ao se deparar com uma cena de beijo entre duas pessoas do mesmo sexo?

Mas nem tudo está perdido. Existem pessoas que ainda seguem a moral de cristã de respeitar o próximo. Existem pessoas que encaram o outro como PRÓXIMO, como um IRMÃO. A luta LGBT vai bem além dos gritos por respeito. Queremos que as pessoas sejam tratadas como iguais, mesmo que sejam diferentes. Queremos que as pessoas sejam tratados como iguais, não importando quem elas amem, o seu sexo e que roupa elas vestem. Queremos uma sociedade onde todos sejam realmente tratados com igualdade e dignidade.







Vale a pena ver esse documentário sobre a Revolta de Stonewall.


26 de junho de 2012

Eu também sinto


Eu também sinto!
Grito de revolução do meu ser
Liberdade e merecimento
Eu também POSSO sentir!
Poeta de sensibilidade reprimida grita:
Eu também sinto!
Grito de resgate da minha essência perdida.

O que eu sentia sempre vai ser passado
Sim, chorei, senti mágoas
Basta somente me reerguer
Tapar o buraco
E seguir em frente.
Eu também sinto
É, também, um grito por um novo presente!




24 de junho de 2012

O que importa?

“Meu pai me perguntou: - Você é gay?
Eu perguntei pra ele: - Importa?
Ele disse: - Não, não realmente…
Eu disse pra ele:- Sim, eu sou!
Ele disse:- Fora da minha vida!
Creio que ele se importava.

Meu chefe me perguntou: - Você é gay?
Eu perguntei pra ele: - Importa?
Ele disse: - Não, não realmente…
Eu disse pra ele: - Sim, eu sou!
Ele disse: - Está despedido!
Creio que ele se importava.

Meu amigo me perguntou: - Você é gay?
Eu perguntei pra ele: - Importa?
Ele disse: - Não, não realmente…
Eu disse pra ele: - Sim, eu sou!
Ele disse: - Não me considere mais seu amigo!
Creio que ele se importava.

Meu companheiro em perguntou: - Você me ama?
Eu perguntei pra ele: - Importa?
Ele disse: - Não, não realmente…
Eu disse pra ele: - Sim, eu te amo!
Ele disse: - Deixa-me te abraçar!
Pela primeira vez na minha vida, algo importava.

Deus me perguntou:- Você se aceita?
Eu perguntei pra Ele:- Importa?
Ele disse:- Sim…
Eu disse pra Ele: - Como posso me aceitar, se sou gay?
Ele disse:- Porque é assim que Eu te fiz!

Desde então, somente isso me importa.

Autor Desconhecido


"The Summer of '42",  2007
48" X 36", acrylic on canvas
23 de junho de 2012

Loucos e Santos


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde 
22 de junho de 2012

Eu, meu coração e minha história

Eis aqui um relato lírico de um amigo. Ontem mesmo estávamos refletindo sobre a dramaticidade do mesmo. Mas veio algo na minha cabeça durante este debate: há como transmitir os sentimentos sem ser dramático? Há como ser poeta sem exagerar o sentimento, sem pintar das cores todas um acontecimento corriqueiro, uma dorzinha à toa, um sentimento qualquer? Poesia é o detalhe cinza que se expande em cores berrantes. Fazer poesia é fácil, mas sentir a poesia, meu caro...



Durante esses anos me mantive na escuridão. 
Me ajoelhei diante dos problemas e me tomei pelo pavor. 
Fui alvo de críticas, nos assuntos desastrosos fui o centro das atenções. 
Me arrependo por não ter tido sangue nas veias.
 
Estou diante de vários espelhos e vejo em cada um meu rosto de maneiras distintas. 
Vejo o santinho, o comportado. 
Me admiro com o brilhante e inteligente. 
Surpreendo com o intelectual. 
Nestes espelhos eu me assusto com os "eu-fantasmas". 
Fico indignado com o vilão que tenho dentro de mim.
 
Eu fico pensando, se eu quebrasse esses espelhos e procurar a saída desse labirinto? 
Se eu fingisse que estou bem, mesmo estando perdidamente confuso? 
Talvez assim eu consiga viver.
Mas pensei melhor. 
Vou pegar cada pedacinho desses espelhos. 
Vou ser o garoto humilde, esperto e até mesmo o crápola. 
Eu sou o personagem da minha própria história, e nela somente eu existo, só eu faço ela acontecer.
 
Estou vivendo desafios e provações. 
Vou ser forte e destemido e vencerei! 
Perguntas virão
Minha vida é assim e pode melhorar a partir de mim mesmo. 
Se chorei, se fracassei, tudo bem. 
Se sorri, se consegui, o importante está aí! 
E então caro Matheus Aparecido Silva, vamos viver pra valer? 
A saída desse labirinto está dentro de você!

Dentro de nós há esse espelho e nós não somos apenas um. Somos múltiplos "eus", somos múltiplos arquétipos, só não podemos tornarmo-nos múltiplos RÓTULOS, pois não somos garrafas. Somos seres humanos, com vários talentos, vários sentimentos, vários humores e, somente a totalidade desses, fazem de nós seres únicos: nós mesmos!

P.S: Aos amantes da astrologia de plantão gostaria de esclarecer que talvez o exagero seja realmente uma característica desse nosso poeta Matheus Aparecido Silva. Ele tem a configuração astral do nosso querido Cazuza. Ariano com ascendente em Sagitário. E, como diz a música, "exagera, jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado!"

Minha religião


Não sei te dizer que te amo a não ser em poesia
Sou enamorado, escravo do teu amor
Sei que te sufoco
Mas sem teu amor eu morro.
Sou escravo das lembranças,
E devoto.
Minha religião: tu!
Amar-te é o que faço do amanhecer ao anoitecer.

E te amo
Enfim confesso
O que muitas outras vezes já confessei.
Quero apenas que faça valer a confissão
Meu intuito é aquecer o teu coração
E fazer-te compreenderes o meu amor sublime,
Esse meu amor platônico
Que pinto com as cores todas da paixão.

Inseguranças, ciúmes e possessividade
Tudo deixei...
De corpo e alma me entreguei
A esse amor sofrido, distante
Amor frio sem contato,
Tato, paladar, visão, audição,
No inverno, primavera, outono e verão,
Amor sem tua companhia em toda e qualquer estação.
Amor humano,
Santo e profano!

Amante dos teus beijos,
Entrego-me a ti todos os dias, em sonhos,
Divagações e delírios.
Como ser livre se me fiz devoto dessa religião?
Tu...!

E, já sem corpo,
Já sem alma,
Já sem coração,
Sou teu.
Sou escravo do desejo por teu corpo,
Sou escravo da paixão por teus beijos,
Sou escravo do amor por teu sorriso.

Não exagero,
Não minto o que sinto.
Tu,
Homem de meus delírios,
Amigo,
Amante,
Meu anjo...
Dono de minh’alma e coração,  
Receptor dessa declaração. 







21 de junho de 2012

Navegar em Mim - Paula Fernandes

Assinando o fim
 Eu lamento tanto
Palavras perdidas
Sensações vividas
Eu anulo em mim
A promessa feita
 Eu desfaço o sonho
De amor por toda vida

Foi engano achar que você me amou
Afinal de amor você não sabe nada
Foi um erro aceitar o seu gesto de amor
 No final a dor me fez sua morada

Alguém pra me amar
Precisa me aceitar
Assim como eu sou
Imperfeita amor
Quem quiser me amar
Precisa ter o dom
 Bem mais que seduzir
Navegar em mim
Eiie... navegar em mim

19 de junho de 2012

Sobre o Autor - Diferença e singularidade


Eu poderia ser apenas mais um cara nesse mundo, mas eu não quis. Eu faço a diferença, mas não sou diferente. Não há diferença em mim, aliás. A diferença está apenas nos olhos de quem vê, nos ouvidos de quem escuta e na boca de quem fala. Mas eu mesmo não sou diferente: eu não fujo da minha essência. E a minha essência é singular. O que eu não gosto, não gosto e pronto. Ninguém me faz mudar. E o que eu acho errado é do meu feitio condenar. Mas é do meu feitio estabelecer laços emocionais de uma profundidade imensa. E é do meu feitio se preocupar, cuidar, amar, sentir. Às vezes condenam algumas características intrínsecas da minha personalidade única (e há alguma personalidade que não seja singular?). A diferença está apenas no que o outro diferencia. Eu mesmo faço apenas a diferença dentro da minha igualdade. 


18 de junho de 2012

Camaleão


Há uma oferenda:
Sou a oferta.
Delicio-me com a descoberta
De descobrir-me punido.
Fui expulso do Paraíso,
É meu sacrifício
Viver na realidade crua
E nua
Dessa terra fria.

Não respeito regras:
Submeto-me a elas.
Não consigo ser revolucionário
É mais fácil ser escravo.
Uns dizem que sou fraco
Mas me acho muito forte
Já faz alguns anos que suporto a realidade
Crua e nua
Dessa terra fria.

Gosto mesmo é de me disfarçar
E acabar virando o que dizem que sou
Poucas vezes me rebelo
Quem sou eu pra mim não é certo
Confesso que às vezes desabo
Fraco
Mas me sinto tão viril
Por aturar essa realidade senil
Vivendo num mundo que sinto frio
E cru
Sinto-me nu!


13 de junho de 2012

Ex-escravo do amor


 "The Boy Next Door", 2006
36" X 48", acrylic on canvas



Amor.

Prefiro acreditar que foi isso que eu sempre busquei. Porém, nestes becos destas ruas solitárias o que mais me negaram foi isso: amor...

Fui um marginal solitário. Percorria as ruas desta cidade nas noites solitárias. Sou também um pecador. Nasci assim. Sou fraco talvez, mas não sei fugir da minha sina. Percorria as ruas desta cidade em busca de pecadores como eu, que pagassem para pecar.

- Pecado! - todos os dias eu me lembrava. - Pecado, meu filho! Pecado mortal!

- Mas existe pecado inato, minha mãe?

- Nascemos pecadores, meu filho... – era minha agonia diária a lembrança dessa sentença.

Havia dias em que eu pensava que tudo poderia mudar. Um sorriso, um abraço aconchegante, uma palavra carinhosa. Para um mendigo essas pequenas coisas tornam-se esperanças de dias melhores. Sonhos, apenas. Aos poucos fui percebendo que não é preciso ser um mendigo pra se sentir solidão. E os solitários eram os mais carinhosos, mas eles nunca achavam que eu poderia curar a sua solidão. Bem, não lhes culpo. Quem pensaria que um marginal pecador tem coração?

Sem casa, sem família, sem amigos eu vivia era de compaixão. E as pessoas caridosas a gente nunca se esquece.

Dona Maria, a dona do restaurante do centro da cidade. Acolhia os pecadores, nos abraçava. “Terça e quinta comida pra vocês todos. Por conta da casa!”. E, nesses dias, ela ficava me procurando. Quando eu não aparecia, ficava preocupada, é o que diziam. Quando me achava, eu recebia aquele abraço quente, forte e aconchegante. Era uma segunda mãe. 

- Tão bonito, tão jovem... Você tem que sair dessa vida, meu filho! Não quer trabalhar aqui no restaurante? Você daria um excelente garçom!

“Pecado, meu filho! Pecado mortal!”

- Quem é que vai querer um pecador neste restaurante tão lindo, tão limpo, tão quente, dona Maria? Sou um marginal, essa é a vida que mereço...

Nestas horas não conseguia encarar os seus olhos cheios de lágrimas. Com a cabeça baixa, pegava um prato de comida e comia calado e quieto.

- O que te faz pensar assim, meu filho? Você é um rapaz tão bom...

“Nascemos pecadores, meu filho...”.

Também o seu José, dono do carrinho de pipoca. Pra gente era grátis.

“Na minha época essas coisas não existiam. Onde o mundo vai parar, meu Deus? Onde foi que eu errei? É culpa dessa televisão, dessas revistas. Ficam propagandeando esse estilo de vida de imundície!”

- Sabe, meu filho, eu não rejeito vocês não! – era o que dizia o seu José. – Tive um grande amigo. Ele era como vocês. Ele era amigo do peito mesmo. Éramos amigos de infância. Mas os pais brigaram quando souberam, foi uma coisa feia. A cidade toda ficou sabendo. Na minha época a coisa era feia...

- O senhor se afastou dele, seu José?

- Claro que não! Eu o acolhi em minha casa mas o coitado era muito orgulhoso. Não aceitou ficar lá por muito tempo. Saiu por aí, disse que ia tentar a vida em algum lugar que acolhesse pessoas como ele. Nunca mais tive notícias dele.

E os olhos quase em lágrimas.

- Faz muito tempo, seu José?

- Sim, bastante tempo...

“Na minha época essas coisas não existiam. Onde o mundo vai parar, meu Deus?”

Mas quem me tirava os melhores sorrisos era o seu Palhaço, como a gente gostava de chamá-lo. Sempre rodeado de crianças, ele contava as melhores piadas, fazia as caretas mais engraçadas e dava os melhores abraços. As crianças também nos abraçavam até serem tiradas dos nossos braços por seus pais.

- Criança não julga. É pura. O tempo que vai tirando nossa pureza. – dizia o seu Palhaço.

“Nascemos pecadores, meu filho...”.

Mesmo sem maquiagem e fantasia o seu Palhaço era extremamente cômico. Não consigo imaginar o seu Palhaço em outra profissão sem ser a de palhaço.

- Sabe que nem eu?

Tenho certeza que é o que ele diria.

Seu Palhaço era engraçado, contador de história, agradava crianças e adultos. Isso todos nós sabíamos. O que não sabíamos era que o seu Palhaço tinha uma família. Foi num domingo, se não me engano. Nós todos reunidos na praça. Todos dormindo nos bancos, exceto eu. Estava deitado, mas eu estava bem desperto, preso em lembranças e pensamentos.

Uma mulher veio me acordar. Ela sorria. Perguntou se eu era o “preferido do seu Palhaço”. Sorri também.

- Sim, sou eu dona moça!

- Deixa eu me apresentar. – disse ela. – Sou a mulher do seu Palhaço. Vim aqui pra conhecer os protegidos dele.

Levantei em um pulo. Abracei a dona moça e fiz questão de arrumar a minha roupa amassada. Apresentei-lhe o meu melhor sorriso e falei muito bem do seu Palhaço. Ela sorria, fazia piada. Dona moça passava roupas pras senhoras ricas. Era humilde, simples e amorosa como o seu marido. “Boa escolha fez ele”, foi o que eu pensei.

- Há alguém por aqui que deseja lhe conhecer. O seu Palhaço fala tão bem de você que ele veio até aqui pra ver se o meu marido não estava exagerando. Nós dois sabemos que às vezes ele gosta de acrescentar coisas...

Junto ao seu Palhaço estava um rapaz. Parecia ter a minha idade, mas com certeza não éramos nem um pouco parecidos. Ele usava roupas limpas, tinha o cabelo penteado e bem cuidado, a barba feita. Ah, não posso me esquecer. O sorriso perfeito. Ele sorriu quando me viu e veio até mim. Seu jeito de andar era de gente decidida e dona de si. Resoluto, olhando para onde se dirigia, sem esconder os olhos, sem cabeça baixa e rosto vermelho de vergonha.

“Pessoas como você estão fadadas a nunca encontrar amor!”

- Ouvi falar muito de você! – disse sorrindo.

Não havia outra opção a não ser sorrir também. E, com roupa, foi a primeira vez que fiquei inteiramente nu. “Eu tão sujo perto desse moço tão limpo e brilhante...”.

- Você não é sujo.

Olhei pra ele, assustado.

- Meu pai disse que você é muito cruel consigo mesmo. Eu o achei muito atraente.

Ele estendeu a sua mão. Eu lhe dei a minha. Juntos caminhamos e até hoje seguimos a estrada juntos.

Minha mãe estava enganada. Carlos, o filho do seu Palhaço, foi o cara que me deu amor e que me livrou dos meus pecados. Ou pelo menos, daquilo que eu achava que era pecado. Amor. E amor nunca pode ser pecado.

6 de junho de 2012

Amor mutável


O amor que sinto por você não é puro
O amor em si não é puro
Nem constante.

Às vezes te admiro,
Às vezes te odeio,
Às vezes te quero
E tem vezes que me sinto frágil por querê-lo.
Sou intenso e tenho medo.
Medo de afogá-lo e sufocá-lo
Sei que preza a liberdade e, por isso, me retraio.