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13 de outubro de 2011

Desnudando-me



Antes de tudo gostaria de dizer que sou dramático. Digamos que eu queira começar meu texto com um pequeno manual de instruções de como lê-lo e interpretá-lo. E, como eu ia dizendo, sou dramático. Minha linguagem é construída em tons berrantes, visíveis e espalhafatosos. E o quadro que minha escrita pinta é um borrado nítido de lágrimas extremamente carregadas de uma tristeza magnética ou de um sorriso carregado de uma alegria que contagia o espectador-leitor. Agora consegue vislumbrar o que eu digo? Posso parecer frio, mas tudo que eu escrevo revela bem tudo que eu sinto interiormente. Leia como se estivesse tentando entender todas as tonalidades e contrastes de uma pintura bem feita.


Escrever sempre fez parte de mim, sabe. Só que antes eu não tinha essa proximidade com o leitor e, me ajude a entender o porquê, não sei por que não a tinha. Eu sei que não vão ser todos que vão entender o que eu escrevo aqui. Esse é um texto que será entendido pelos parceiros de estrada. E ele traz tanto de mim! Essa minha mania de enrolar, explicar, detalhar, dramatizar... Essa forma de sentir tudo que eu faço. Sentir, às vezes, de forma tão profunda.
Saiba que eu entrei em um caminho estranho, caminho esse que muitas pessoas passam a vida toda sem tentar entrar. Pior, sem tentar entender. Eu ainda estou nesse caminho e estarei nele durante toda a minha vida. Essa minha necessidade de conhecimento fez com que eu entrasse nesse caminho do auto-conhecimento. Tenho sede de saber. Quero aprender, conhecer. Quero entender. Quero me entender e, me entendendo, entendo tudo. Entendendo-me entendo o meu mundo.
Esse caminho me fez entrar por rotas estranhas, rotas essas que eu nunca saberia se não tivesse me permitido o saber. Pensar, sempre! Sentir, sempre também! Esse sou eu, afinal. Mas é preciso tirar as pedras do caminho. Ah, esqueci de comentar. Além de dramático eu sou altamente metafórico. Desculpem-me, não sei ser direto. E acho tão linda a linguagem cheia de sentidos das imagens. Acho tão bonito a escrita subjetiva. Ah, escrevo textos em prosa como se fossem poesias! Faço rimas dentro de romances, contos e crônicas. Não pense que esse texto é confuso. Pensando assim pensará que eu sou confuso! Sim! Esse texto, como já disse, traz tanto de mim.
Eu estou aqui apenas para compartilhar a estrada e seguir em frente, tirando as pedras. Eu esperava que esse texto fosse mais extenso mas... Eu sou assim. Começo e quase nunca termino. E essa é apenas uma das várias pedras que quero tirar do meu caminho. Rimo em um texto em prosa. Sou assim, a criatividade, originalidade, versatilidade. Sou também a busca da Verdade. Mas, acima de tudo, sou o Sentir. Sou o Sentir, a Poesia e o Místico que, muitas vezes, insistem em fugir de mim. Mas não vai ser mais assim...
Sigamos o caminho em minha companhia, tão dramática, tão sensitiva e tão acolhedora. Ah, e intuitiva!

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