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26 de agosto de 2011

A menina do mundo rosa

“She was unstoppable
Move fast just like an avalanche”
Katy Perry
3251103452_9e27a887aaEla era uma mulher. Aliás, ela era A mulher, apesar de ser apenas uma menina. E ela era dona de uma diferença singular. Ela era diferente de todas porque ela não podia ser rotulada. Ela era um pouco de tudo e isso fazia com que, às vezes, não soubesse quem era.
Incompreendida, às vezes se sentia sozinha. Posava de rebelde: brigava, discutia demasiadamente. Mas o seu lado brincalhão também era acentuado, o que a fazia parecer infantil. Ela não era rebelde, ela não era infantil...
Ela tinha opinião própria e, como era de um exagero só dela, brigava muito por defendê-la. A verdade é que ela não sabia medir. Às vezes sofria demais por coisas bobas, brigava e gritava demais para os outros, para si mesma.
Ela gostava de rosa. Não, ela amava rosa. Ela poderia ser uma fútil adoradora do rosa, mas ela não era. Ela era uma garota sem rótulos.

Ela era realista, mas ela sabia sonhar. Ela era segura de si, mas ela sabia amar. Ela gostava de lições de vida e gostava de ser diferente das outras.
Não sei se foi sorte eu conhecê-la melhor. Conhecer o que ela escondia de todos, por medo. Não sei. Mas se aconteceu, era para acontecer. De certa forma ela me desnudou de muitas máscaras, do jeito dela, sem forçar demais. Ela fez do jeito certo, porque pressão me assusta e pressa me afugenta.
Éramos, na verdade ainda somos, muito parecidos, de formas diferentes. Não éramos fáceis de lidar e não mantínhamos rótulos. Mas eu conseguia deixar se lidar mais fácil, por ser flexível. Ela era do tipo “sou assim, me ame ou me deixe”. Eu não mantinha rótulos por estar sempre mudando, ela por ter várias personalidades.
O seu mundo rosa era conhecido por poucos mas, mesmo a mim, ela conseguia ser um grande mistério. Às vezes ela me afugenta com seu jeito intromissor e espontâneo. Às vezes eu a afugento com meu jeito intransponível, que não quer que ninguém diga o que fazer. Mas sempre voltamos.
Talvez esta não seja uma história com muito sentido, mas quando se trata dessa menina do mundo rosa isso não é necessário e nem possível.

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