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15 de junho de 2011

Retrato do leitor-poeta

Sou eu a dualidade existencial
Procuro o bem
Mas às vezes não fujo do mal
E a minha dualidade me completa:
Não sou um, sou dois!
Sou mesmo nessa poesia um leitor-poeta

Sou uma rocha
Que me cobre por inteiro,
Mas também sou o interior dela
Sou uma casa e sou o que há de fora da janela.
Sou fraqueza e vigor
Mas me seguro em força alheia
Para que não haja excesso de dor:
Quero os fracos como amigos
Quero o forte como amor.
 
Sou o sentimento desnudo
Já que sincero me fez o mundo
Mas sou excesso de segredo
Pois o mundo me dá medo.
E continuo nessa decisão indecisa faz tempo
De mostrar sentimento sem medo
E com medo deixá-lo em segredo.
 
Só em certas coisas ando em linha
Já que não sou profunda verdade
Nem tampouco fina mentira
Sou eu, apenas...
 
Sem explicação
E, totalmente explicado,
Vivo sem nenhuma razão
Mas, por poucos, consigo aos poucos ser captado.
3 de junho de 2011

Acho que gosto…

Acho que gosto da liberdade.
Não gosto que me digam que não posso.
Não gosto que me digam o que devo ou não fazer.
Acho que por isso eu gosto de escrever
Escrevendo tenho a liberdade e escrevendo tudo posso!


Gosto de ser exagerado,
Gosto de um bom drama.
Gosto de ter alguém do lado e poder falar besteira,
coisa a toa, coisa boba.
Gosto de me fingir assustado,
Gosto de abraçar e ajudar,
Gosto de ouvir.
Gosto de amar.
 
Gosto de pensar que minha aparência não é tão ruim,
Gosto de pensar que muitas pessoas gostam de mim.
Gosto de admirar a beleza do pôr-do-sol,
Gosto do céu azul
E gosto de ser feliz.
 
Eu gosto de imaginar o futuro
E gosto de beijar no escuro.
Quero beijar na chuva,
E quero alguém que tenha um carinho violento.
Eu gosto dos altos
E eu gosto dos fortes.
Eu gosto de ter preferências.
Gosto dos loiros e dos de cabelo preto,
Gosto dos morenos e gosto dos brancos.
 
Gosto de imaginar um mundo melhor.
Gosto de ser o certinho às vezes,
Gosto de ser o rebelde e enfrentar o mundo.
 
Mas não gosto de injustiça,
Não gosto de desordem.
Eu não gosto de ficar sozinho,
Eu não quero que 2012 seja o fim.
Eu não gosto que falem mal de quem eu gosto
E odeio preconceito.
 
Gosto de parecer complicado,
De ser complicado.
Gosto de parecer um desafio,
Gosto de ser um desafio.
E às vezes me faço de difícil.
Mas eu sou fácil,
É uma questão de paciência.
E eu gosto de pensar que paciência não é para qualquer um.
E por isso...
Sou seletivo.
 
Gosto dos meus amigos.
Gosto de correr perigo.
Gosto de adrenalina.
E gosto de segurança.
E gosto de carinho.
 
Gosto de inteligência.
Gosto de sabedoria.
Gosto de aprender e compartilhar coisas sobre a vida.
Gosto de conversar com as pessoas e sentir coisas.
 
Gosto de pensar que sou intuitivo
E que muitas coisas eu adivinho.
E gosto de intuir.
Eu gosto de dar conselhos
E gosto quando meus conselhos são bons.
E gosto de imaginar que eles são quase sempre bons.
 
Gosto de elogios.
Gosto de presentes.
Ah, sim.
Gosto de caras fofos.
Ah, sim.
Gosto de garotas batalhadoras.
Eu gosto de força moral
mais do que força física.
Eu gosto de dedicação.
Eu gosto de ver casais namorando.
 
Eu sou ciumento
E não gosto de ver as pessoas me deixando de lado.
Eu gosto de ligar pros amigos e falar, falar, falar.
Às vezes gosto de não atender o celular
E estar inacessível.
 
Eu gosto de ser essa mudança toda.
E gosto de atenção.
Talvez eu seja um pouco egocêntrico.
Mas às vezes me sinto sozinho
E choro.
Eu posso parecer forte
E eu sou forte.
Mas tem horas que tenho medo do mundo...
 
Gosto de pensar que sou como os outros
E às vezes o mundo me trata como diferente.
Às vezes eu mesmo me trato como diferente.
Às vezes fico procurando rótulos para mim.
E gosto de perceber que um rótulo só não me definiria por inteiro.
 
E, afinal, quem sou eu?
Uma mistura de todos esses gostos,
Todas essas mudanças?
Gosto de pensar que sou uma pessoa no mundo
E meu ideal é mudá-lo aos poucos.